sábado, 15 de maio de 2010

A PEDRA FILOSOFAL


"O Alquimista em Busca da Pedra Filosofal" - quadro de Joseph Wright (1771) -


A pedra filosofal (ou mercúrio dos filósofos) era o principal objectivo dos alquimistas. Com ela o alquimista poderia transmutar (conversão de um elemento químico em outro) qualquer metal inferior em ouro, como também obter o "Elixir da Longa Vida", uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. O Elixir poderia ser sintetizado por meio da pedra filosofal, que era uma substância mítica que os alquimistas pretendiam produzir.


Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião.


O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado pelos alquimistas de "A Grande Obra".


Aparentemente, o trabalho de laboratório dos alquimistas na busca pela pedra filosofal era, na verdade, uma metáfora para um trabalho espiritual. Neste sentido, a transmutação dos metais inferiores em ouro seria a transformação de si próprio de um estado inferior para um estado espiritual superior.


Torna-se mais claro a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresia, satanismo e outras coisas, acabando por ser queimado na fogueira pela inquisição da Igreja.


Como se disse, a pedra filosofal poderia não só efectuar a transmutação, mas também elaborar o "Elixir da Longa Vida", uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso (famoso médico, alquimista, físico e astrólogo).


A busca por esta pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. (Santo Graal, ou Sangreal, é uma expressão medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia).


No seu romance "Parsifal", Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por Seres Celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, considerada sagrada, que é tornada objecto de culto em Meca.

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