quarta-feira, 5 de maio de 2010

O MINOTAURO


O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos.
Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta.Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses , que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã.O mito do Minotauro foi um dos mais contados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses.


Segundo a lenda, a cada 7 anos Atenas devia enviar 7 donzelas e 7 jovens à ilha para ser entregues, em sacrifício ao Minotauro. Esses adolescentes atenienses partem para Creta num navio de vela negra, que sempre volta vazio. O Minotauro , monstro com cabeça de touro e corpo de homem, devora-os em seu covil, o Labirinto. Cansado dessas mortes inúteis, Teseu resolve tomar o lugar de uma das vítimas e, se puder, matar a terrível criatura. Egeu acaba cedendo: - Então, vá mas se você voltar são e salvo, troque a vela negra do navio por uma branca. Assim, vendo o barco, eu já de longe fico sabendo que você está vivo. Teseu promete obedecer ao pai e embarca para Creta. Minos, em seu santuoso palácio de Cnosso, recebe os catorze atenienses. Mas comunica que o dia seguinte entrarão no Labirinto, no centro do qual vive Astérion, o Minotauro. Durante toda a noite, Teseu esforça-se para tranquilizar seus companheiros. De repente, anunciam ao jovem príncipe ateniense que alguém quer falar com ele. Muito surpreso, Teseu vê entrar uma bela moça, que já viu ao lado do trono de Minos. Ela lhe diz: -Jovem estrangeiro, eu vi que está decidido, compreendi que você veio para matar o Minotauro. Mas será que já pensou numa coisa? Mesmo que mate o monstro, nunca vai conseguir sair do Labirinto... Teseu fica confuso, pois Ariadne tem razão. Ele não pensou nesse problema! Percebendo o constrangimento do rapaz, ela acrescenta: - Desde que o vi, fiquei interessada por você. Estou disposta a ajuda-lo se, depois, você se casar comigo e me levar para Atenas. Assim foi combinado. No dia seguinte, na entrada do Labirinto, Ariadne dá ao herói um novelo de um fio mágico, que permite não só procurar o Minotauro mas também encontrar a saída. Teseu encoraja os trêmulos companheiros, e todos penetram naquele lugar sinistro. O príncipe vai na frente, desenrolando com uma mão o fio, cuja extremidade fixou na soleira da porta da entrada. Dali a pouco, o grupo de jovens, confundindo os corredores sempre idênticos, está completamente perdido no Labirinto. Teseu, cauteloso, pára e vigia os mínimos esconderijos, sempre com a mão no punho da espada que Ariadne lhe deu. Acordando derepente, o Minotauro salta mugindo sobre o rapaz. Mas o herói está alerta e, sem medo nem hesitação, abate de um só golpe o monstro. Graças ao fio, que volta a enrolar ao novelo, Teseu e seus companheiros saem do Labirinto. Ariadne joga-se nos braços do herói e abraça-o com paixão. Depois ela conduz os atenienses ao porto. Antes de subir a bordo de seu navio, Teseu tem o cuidado de fazer furos nos cascos dos barcos cretenses mais próximos. Em seguida, embarca com Ariadne e seus amigos. Quando fica sabendo do que aconteceu, o rei Minos enfurece-se e ordena à frota que impeça a fulga. Os navios que ainda estão em condições de navegar tentam bloquear o barco grego, e começa uma batalha naval. Mas, com o cair da noite, Teseu aproveita-se da escuridão e consegue escapar esgueirando-se entre as naus inimigas. Alguns dias depois, o navio chega a ilha de Naxo. Teseu resolve fazer uma escala para reabastecimento. Vaidoso com a vitória, só tem um pensamento na cabeça: A glória que encontrará em Atenas. Imaginando sua volta triunfal, os gritos de alegria e de reconhecimento da multidão que vira clamá-lo , apressa-se em partir. Da ordem de levantar âncora, esquecendo Ariadne, que fica adormecida na praia. Quando desperta, a princesa vê o navio já ao longe, quase desaparecendo no horizonte. Só lhe resta lamemtar sua triste sina, mas o deus Dionísio passa por ali e sabe consolá-la muito bem. Quanto isso, Teseu aproxima-se de Atenas. está tão entertido com seus sonhos de glória que esqueçe que prometeu ao pai, de trocar a vela negra por uma vela branca. Desde a partida do filho, o velho Egeu não teve um momento de repouso. Todos os dias, subia a Acrópole e ficava olhando as ondas, esperando avistar um navio com a vela branca. Pobre Egeu! quando o barco esperado enfin aparece está com a vela negra. Certo de que Teseu está morto, o rei desespera-se e quer morrer também. Joga-se ao mar e afoga-se. Por isso, desde esse tempo o grande mar que banha a Grécia chama-se mar Egeu. Sem saber do suicídio do pai, Teseu desembarca, radiante de felicidade. Sua alma entristece-se quando fica sabendo a trágica notícia. Culpando-se amargamente por sua falta de iresponsabilidade começa a chorar. Apesar da triunfal acolhida que Atenas lhe dá, ele fica de luto. Depois, porém, compreende que não deve lamentar seu ato de heroísmo. Já que subiu ao trono, só lhe resta ser um bom soberano. É o que tenta fazer sempre reinando com grande respeito pelas leis e garantindo o bem estar de seu povo. Sobre o seu sábio governo, a Grécia conhece a paz. E Atenas, a prosperidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário